segunda-feira, 23 de abril de 2012

Título por escrever...

"Creio que uma forma de felicidade é a leitura."
Jorge Luís Borges




Eu também penso o mesmo! E nada melhor do que dizê-lo no "Dia Mundial do Livro".Adoro ler, especialmente livros que não sejam escolares, embora não pareça, já que passo mais tempo a ler artigos científicos que outra coisa. Penso que esta seja a razão pela qual as aulas de Português eram libertadores. De facto, nunca foi para mim um sacrifício ler Fernando Pessoa. E em casa devorava todos os poemas, mesmo antes de os analisar nas aulas. Acho que as pessoas que afirmam "Não gosto de ler!" têm três razões para o dizer: nunca experimentaram, escolheram os livros errados para ler ou simplesmente não tiveram a sorte de pegar no livro certo. E o livro certo é aquele que apaixona, que permite que estejamos simultaneamente sós e acompanhados, que nos faz sentir coisas em formas não óbvias. Acabamos por ser as personagens espirituais daquilo que lemos.


E se cada vez que quiséssemos ler um livro, o escrevêssemos? 

Um dos projectos ou desafios da minha vida passa, sem dúvida, por escrever um livro. Desde cedo tive esse interesse e já tentei várias vezes. Mas a escrita exige maturidade, tempo e experiência. Este devaneio tem a ver com o facto de eu gostar mais de escrever do que ler, pois escrever tem a parte da criação que me apaixona verdadeiramente. Desde a primária que as minhas professoras diziam que eu "dava cor às palavras" e é mesmo isso o que eu gosto de fazer. Talvez também por isso adore química e matemática, pois elas também exigem alguma abstracção. E por isso mesmo, NÃO! Não sou uma rapariga das letras, nem sou completamente uma rapariga das ciências. Sou uma rapariga  que gosta de tudo aquilo que exija ver para além do que está evidente. Gosto de  problemas, desafios e tenho a noção que vivo numa arrumada desarrumação. Mas é assim que me conheço. Pelo menos, até então. 


Para todos os que julgam que ler é um desperdício de tempo, espero que um dia encontrem o livro ideal que vos faça parecer que uma hora é um minuto e que três séculos podem ser vividos em 300 páginas. Nesse dia, encontraram, sem dúvida, uma forma de felicidade que nunca vos deixa sozinhos, nunca vos magoa e nunca vos desilude.

1 comentário:

  1. "Oh, simplesmente sei bem quando alguém tem valor a escrever e tu és uma dessas pessoas :)"

    ResponderEliminar

Numa viagem que fiz, descobri que nada é realmente nosso até que o partilhamos. Queres tornar isto NOSSO dando a tua trinca neste meu "Chocolate"? (; Obrigada :b